domingo, 29 de janeiro de 2017

sobre hoje

500 dias com ela

"- eu tenho medo de me apaixonar por você."

"- não é você, sou eu..."

Essa é a hora da história que tudo dá certo, a gente se beija e vive felizes para sempre, não é?
Mas a vida está mais pra Shakespeare, seu sei... E eu não sou muito fã de finais que não sejam felizes, então podemos fazer disso um, sei lá, meio?
Então, amei o filme que você indicou. Summer é encantadora. E superficial. "Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência.... especialmente com você"

Eu sei, não é você. Sou eu.
E sobre hoje... bem, deixa pra lá.


29.17.01

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Manoel de Barros

Retrato do artista quando coisa

A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.

Tratado geral das grandezas do ínfimo

A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.

- Manoel de Barros

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Alicerce



Amigos, eu conheci
Com amantes, dormi e chorei
Promessas nunca foram mantidas
Esta verdade nua muitos de vocês não guardarão
Tomara que guardem, tomara que guarde

Estou só, sozinho numa caixa de pedra
Eles diziam que me amavam, mas era mentira
Estou só, sozinho numa caixa só minha
E este é o meu lugar...




domingo, 15 de janeiro de 2017

sobre


14-01-17

Led Zeppelin - Stairway to Heaven

Aquela necessidade desenfreada e louca de escrever... tirar do corpo, entender o inentendível
Entender a pele, a conexão inexplicável...
As cores azuis e rosa formando círculos em meus olhos fechados...
O prazer inimaginável para um primeiro contato despretensioso até demais...

A química. Aquilo que tanto preso e tão pouco tive. Se é que algum dia tive. Aconteceu. Arrebatadora.
Beijos ardendo em chamas, corpo e alma vibrando juntos, a pura conexão do desejo presente em cada mordida, respiração.
O total presente do corpo. Aqui e agora da música, ruídos e respirações alteradas.
Nada, simplesmente nada, além do prazer desumano e não consumado. Consumado e humano.
Aquela parcela de cidade à vista. Avistando. Presenciando o amor da conexão, dos lábios, pele e suor.

O tudo ou nada que não me deixou dormir, depois. Revirando na cama em busca de mais. Amor

Contato. Carícia. Beijos em sincronia, molhados na medida perfeita do oceano de nossas bocas, em simetria. Sem tempo, antes ou depois.

Carne. Alma. E espírito.

Sim. Foi.